Utilizadores de solários têm risco acrescido em 20%

Utilizadores de solários têm risco acrescido em 20%
o por Paula Mourato
Utilizadores de solários têm risco acrescido em 20%
Fotografia © Miguel Veterano

Os utilizadores de solários têm 20% mais probabilidade de apanhar cancro de pele do que as pessoas que nunca os usaram e o risco duplica quando a utilização começa antes dos 35 anos, revela um estudo hoje divulgado.

O estudo, publicado no British Medical Journal, resulta do trabalho de investigadores do Instituto Internacional de Investigação Preventiva, em França, e do Instituto Europeu de Oncologia, em Itália, que analisaram os resultados de 27 estudos diferentes sobre cancro de pele realizados na Europa ocidental entre 1981 e 2012.
Os cientistas concluem que dos 63.942 novos casos de melanoma (a forma mais grave do cancro de pele) diagnosticados anualmente na Europa ocidental, 3.438 (5,4%) – e 794 mortes associadas – estão relacionados com a utilização de solários.
A exposição solar é a causa ambiental mais significativa do cancro de pele e os solários tornaram-se a principal fonte de exposição não solar aos raios ultravioleta na europa ocidental.
Após analisarem 11.428 casos de cancro de pele, os cientistas concluíram que o risco de melanoma decorrente da utilização de solários é de 20%, mas o perigo duplica quando a exposição começa antes dos 35 anos. Além disso, o risco aumenta 1,8% por cada sessão adicional de solário por ano.
Os autores admitem que os primeiros estudos sobre solários subestimaram o risco porque a utilização daqueles equipamentos era relativamente recente, mas sublinham que entre 2005 e 2011 o risco foi aumentando, pelo que estudos futuros poderão demonstrar um risco ainda mais elevado.
Os investigadores citam dados provenientes da Islândia, onde os dias de sol são poucos e onde a incidência de cancro de pele aumentou fortemente após 1990 entre as raparigas jovens e diminuiu depois de 2000, quando as autoridades impuseram maior controlo sobre a atividade dos solários.
Defendem por isso que são necessárias «ações mais duras» para reduzir a utilização destes equipamentos, já que a indústria tem sido incapaz de se autorregular, tendendo, pelo contrário, a distribuir informação não comprovada que visa enganar os consumidores.
Advogam que a utilização de solários por menores de 18 anos deve ser restringida e que devem ser proibidos os espaços onde se faz solário sem supervisão, medidas implementadas em Portugal desde 2005.
FONTE

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